wellcome // bienvenu // hola // olá

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we are more – act for culture in Europe

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I'm very happy with your arrival! this virtual place is focused on the (so called) feminin and masculin voice's", by the Art's approach, and it is not a diary-blog. I wish you enjoy with pleasure and comments :-)
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Je suis enchantée de votre visite! Remarquez que ce blog (n'est pas un blog-périodique), est construit autour des (désignés comme) voix et regards au féminin et au masculin à travers les contributions de l'Art. Il ne me reste que vous désirer deux toutes petites choses: qu'ayez plaisir ici et... qu'il soit partagé=comenté:-) avec moi.

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!Hola! !estoy encantada con tu visita! mira una cosilla: este blog no es de edición diária ?vale?. Es un blog centrado en las (designadas como) voces y miradas en el femenino (y en el masculino), segundo las aportaciones de L'Arte. Mis votos de que disfrutes por acá y... de que puedas compartir conmigo ese placer :-).
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musical's wellcomings / les bienvenues musicales / las bienvenidas musicales

Send me your sounds

12 December 2008

Amor e Ódio - LII, LIX, LX, Filipe Nunes Vicente; ashes and snow, Gregory Colbert

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LII
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Nos casamentos (homo ou hetero) eficientes, o sexo é uma necessidade e um obstáculo. O que é bizarro: os obstáculos não costumam ser necessários.
    O sexo é necessário porque duas pessoas normais (excepto se forem irmãos ou pobres) não vivem juntas muito tempo se não houver atracção sexual.
    O sexo é um obstáculo precisamente porque é necessário. Duas pessoas que vivem juntas sentem-se compelidas a ter sexo. Caso contrário não viveriam juntas. Isto é uma estucha.
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LIX
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A psicologização fez-nos acreditar que o desejo necessita de alvos novos, porque senão morre. A intimidade ganhou galões com a psicanálise no início do século passado. Esta doutrina acompanhou a sossegada revolução narcísica que desde há mais ou menos cinquenta anos nos tornou um somatório de experiências: queremos ser desejados, mas acreditamos — e bem — que ninguém o pode fazer durante muito tempo. Brinquedos novos.
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LX
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Já o desejo que se alimenta do desejo é outra história. Exige o reconhecimento da nossa solidão, obriga a que compreendamos que o outro deseja, simplesmente. É um trabalho religioso.

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Filipe Nunes Vicente, Amor e Ódio [O diário do leopardo].
Lisboa. Quetzal "textos breves", 2008, pp. 71, 77, 78.

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eme Loves SorrisosPerfeitos

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porque saben lo que hacen