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I'm very happy with your arrival! this virtual place is focused on the (so called) feminin and masculin voice's", by the Art's approach, and it is not a diary-blog. I wish you enjoy with pleasure and comments :-)
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Je suis enchantée de votre visite! Remarquez que ce blog (n'est pas un blog-périodique), est construit autour des (désignés comme) voix et regards au féminin et au masculin à travers les contributions de l'Art. Il ne me reste que vous désirer deux toutes petites choses: qu'ayez plaisir ici et... qu'il soit partagé=comenté:-) avec moi.

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!Hola! !estoy encantada con tu visita! mira una cosilla: este blog no es de edición diária ?vale?. Es un blog centrado en las (designadas como) voces y miradas en el femenino (y en el masculino), segundo las aportaciones de L'Arte. Mis votos de que disfrutes por acá y... de que puedas compartir conmigo ese placer :-).
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musical's wellcomings / les bienvenues musicales / las bienvenidas musicales

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22 April 2007

Baisons-nous - Pessoa e Beijo-Em-Arte, Ignez Ferraz

Beija-nos / Baisons-nous

Qual o elo entre Fernando Pessoa e o vinho? A EXPAND, que oferece encontros de harmonização entre sensações poéticas e aromáticas.

Antes de você participar, que tal entender um pouco mais sobre a(s) personalidade(s) deste misterioso português?


Poeta das dúvidas e inquietações do ser humano frente a seu enigmático destino, Fernando Pessoa desdobrou-se em heterônimos para escrever sobre o drama das almas.


De todos, o que mais me atrai e fascina pela simplicidade complexa de seus poemas e odes lírico-dramáticas é Álvaro de Campos, que tantas vezes nos falou sobre seus sonhos:


“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Porque eu amo infinitamente o finito,

Porque desejo impossivelmente o possível,

Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,

Ou até se não puder ser.

Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,

Mas poderia eu levar para outro mundo o que esqueci de sonhar?”



E o que de melhor para sonhar senão um beijo?

Artistas de todas as épocas abordaram este tema universal, tão antigo e sempre tão novo (não estou me referindo ao beijo virtual, mas apenas ao real, que é muuuito melhor).

Refletindo sobre meus beijos preferidos na História das Artes, facilmente cheguei a um consenso de duas obras, que tive oportunidade de conhecer pessoalmente:

Na pintura, “O Beijo”, do austríaco Gustav Klimt (veja algumas de suas obras no artigo
“Bordando a Arte”), de 1908, que se encontra na Österreichische Galerie, em Viena.

A mutualidade do desejo é soberbamente interpretada nas formas orgânicas das figuras envoltas no espaço dourado.

Com “O Beijo”, a obra de Klimt passa a se entrelaçar com as formas robustas do artista Auguste Rodin, autor da minha óbvia segunda escolha – sua mais-que-reproduzida escultura, também intitulada “O Beijo", de 1887, instalada em Paris, no Musée Rodin.

http://emedeamar.blogspot.com/2006/08/one-of.html


“O Beijo” de Rodin inspirou poetas e admiradores desconhecidos:


“Ah! Baisons-nous!

Ton geste amoureux est si beau!

Tes attitudes sont si belles!

(Il ne faut pas aller vers elle

Si vous ne devez pas la revoir)”



Bem, voltemos ao nosso foco – Fernando Pessoa, ou melhor, Álvaro de Campos, para transcrever alguns enxertos de uma de suas odes, que, a meu ver, é a mais singela sobre o tema:


“Vem, Noite antiqüíssima e idêntica,

Noite Rainha nascida destronada,

Dos sonhos impossíveis que procuramos em vão.


Vem, levemente,

Vem, vagamente,

E deixa apenas uma luz e outra luz e mais outra.


Vem, e embala-nos,

Vem e afaga-nos,

Beija-nos silenciosamente na fronte,

Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam

Senão por uma diferença na alma,

E um vago soluço partindo melodiosamente

Do antiqüíssimo de nós.


Vem soleníssima,

Soleníssima e cheia

De uma oculta vontade de soluçar,

Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,

E todos os gestos não saem do nosso corpo

E só alcançamos onde o nosso braço chega,

E só vemos até onde chega nosso olhar.


Vem, lá do fundo,

Do horizonte lívido,

Vem e arranca-me

Do solo onde vicejo

E desfolha-me para teu agrado,

Para teu agrado silencioso.


Com as estrelas luzindo nas tuas mãos

Vem, cuidadosa

Vem, Noite silenciosa

Vem envolver

O meu coração.”





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