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Tarde de chuva, a península inteira a chorar
Entro numa igreja fria com um círio cintilante .
Sentada, imóvel, fumando em frente ao altar .
Silhueta, esboço, a esfinge de um anjo fumegante .
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Há em mim um profano desejo a crescer .
Sinto a língua morta e o latim vai mudar .
Os santos do altar devem tentar compreender .
O que ela faz aqui fumando .
Estará a meditar? .
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Ai, ui, atirem-me água benta .
Ajoelho-me, benzo-me, arrependo-me, esconjuro-a .
Atirem-me água fria .
Por ela assalto a caixa de esmolas .
Atirem-me água benta .
Com ela eu desço ao inferno de Dante .
Atirem-me água fria ..
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Ai, ui, atirem-me água benta .
Por parecer latina suponho que o nome dela .
É Maria .
É casta, eu sei, se é virgem ou não depende .
Da nossa fantasia .
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Por parecer latina calculo que o nome dela .
É Maria .
É casta, eu sei, se é virgem ou não depende .
Da nossa fantasia.
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Letra e música: Fernando Mendes, Carla Fernandes (fonte aqui).
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1 comment:
o meu abraço
e
recomendações para conhecer mais dos GNR (grupo novo rock), na minha opinião muito curiosos...
:-)
Bem Haja!
até...
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